Pouso o copo junto ao candeeiro
Tropeço na roupa e na mala
Deito-me no sofá e escorrego para o chão.
Levanto-me devagar tateando as paredes
Pego no copo e bebo de novo
Olho o tecto e as janelas verdes,
Relembro quem roubou meu coração.
Um querer sem querer se apodera de mim
Uma vontade sem poder, algo sentido sei lá
Que me acompanha e me persegue
Colado a mim para onde quer que eu vá.
Dia após dia, a cada hora passada,
O que sinto é imenso e imutável,
De ti não há palavra pronunciada
Seja como for, nada mudará.
Luanova
Sem comentários:
Enviar um comentário