sábado, dezembro 06, 2008

Será amor?

Rastejo meus pés de uma ponta à outra da sala

Pouso o copo junto ao candeeiro

Tropeço na roupa e na mala

Deito-me no sofá e escorrego para o chão.

Levanto-me devagar tateando as paredes

Pego no copo e bebo de novo

Olho o tecto e as janelas verdes,

Relembro quem roubou meu coração.

Um querer sem querer se apodera de mim

Uma vontade sem poder, algo sentido sei lá

Que me acompanha e me persegue

Colado a mim para onde quer que eu vá.

Dia após dia, a cada hora passada,

O que sinto é imenso e imutável,

De ti não há palavra pronunciada

Seja como for, nada mudará.

Luanova

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