domingo, maio 31, 2009

So poor

You took my life
my heart
my breath
wherever they are
I can´t recognize them
anymore.
Only one thing is still alive
and from you apart
my body found a painfull death
but it didn't hold me so far
as happened with other Men
without sun their were poor.
Luanova

quarta-feira, maio 27, 2009

O medo

Quem dorme à noite comigo?
É meu segredo, é meu segredo!
Mas se insistirem, desdigo.
O medo mora comigo,
Mas só o medo, mas só o medo!

E cedo, porque me embala
Num vaivém de solidão,
É com silêncio que fala,
Com voz de móvel que estala
E nos perturba a razão.

Que farei quando, deitado,
Fitando o espaço vazio,
Grita no espaço fitado
Que está dormindo a meu lado,
Lázaro e frio?

Gritar? Quem pode salvar-me
Do que está dentro de mim?
Gostava até de matar-me.
Mas eu sei que ele há-de esperar-me
Ao pé da ponte do fim.

Cantado por Amália Rodrigues

terça-feira, maio 26, 2009

Enquanto o tempo se escoa

E meu coração se esvazia

Num momento secreto de tristeza

Irás recordar os dias

Em que alguém te falou de amor

E te fez sentir especial

Em que apenas a tua voz sossegava

Meu espirito inquieto

Em que a distância era um nada

Na imensidão dum universo por descobrir

E enquanto o meu lamento não chegava a ti

Minha dor crescia e me atormentava

E numa noite destas irás lembrar

Das das palavras ditas

E imaginar as não proferidas

E que jamais o são desde então

Não terás mais aconchego

Em quem já te quis

E encontrar-te-ás no caminho onde um dia me largaste

Sentirás paredes rebentarem dentro de ti

E serás na pele um eu que não és tu

Deixarás de te sentir em casa

Serás essa casa que não tem paredes, nem chão, nem tecto, nem nada...

Luanova

quinta-feira, maio 07, 2009

Fim do mundo

Diz-me se souberes
será este o nosso fim
em que não te ouves
nem sequer olhas para mim
um lugar onde não existe
maior grandeza que o poder,
o dinheiro ou bens materiais
e deixa-se de parte o saber.
Onde não há terra nem chão
e os corpos se enterram aos montes
não existe compaixão
e secam rios, caem pontes
a maré enche e as águas se enfurecem
os ventos não se acalmam
e os fogos por todo o lado aparecem.
As pessoas morrem de fome
o trabalho já não sustenta casais
os filhos nascem sem o nome
de quem se amou uma noite, nada mais.
Desastres mutilam familas inteiras,
guerras escravizam raças e religiões
doenças atacam de todas as maneiras
e um vazio preenche nossos corações.
Todos falam de ajuda e solidariedade
ninguém dá a própria mão
já não se respeita a terceira idade
apenas quando dentro dum caixão.
Aprende-se a mentir e a roubar
e a culpa morre sempre solteira
banalisou-se a palavra amar
dizendo-o da boca para fora e de qualquer maneira.
São os vícios deste planeta
alcoól, droga, tabaco e jogo
que fazem de ti marioneta
e retiram alimento ao nosso povo.
Enxerga-se a poeira em olhos alheios
mas não as traves nos nossos
atingem-se objectivos sem olhar a meios
desenterram-se pedras e encontram-se ossos.
A economia mundial estagnou
zangam-se amigos e familiares
o desemprego aumentou
e destruiu muitos lares.
Luanova

segunda-feira, maio 04, 2009

Eu sou

Eu sou apenas uma gota num mar de gente...
Que ora está triste, ora contente
Que tem sonhos e ideais
Tal como as pessoas normais
Posso estar perto e distante
Ser apenas uma amiga, ou amante
E o que sou ou quem sou afinal
Como todos, um misto de bem e de mal.

Luanova