quinta-feira, maio 07, 2009

Fim do mundo

Diz-me se souberes
será este o nosso fim
em que não te ouves
nem sequer olhas para mim
um lugar onde não existe
maior grandeza que o poder,
o dinheiro ou bens materiais
e deixa-se de parte o saber.
Onde não há terra nem chão
e os corpos se enterram aos montes
não existe compaixão
e secam rios, caem pontes
a maré enche e as águas se enfurecem
os ventos não se acalmam
e os fogos por todo o lado aparecem.
As pessoas morrem de fome
o trabalho já não sustenta casais
os filhos nascem sem o nome
de quem se amou uma noite, nada mais.
Desastres mutilam familas inteiras,
guerras escravizam raças e religiões
doenças atacam de todas as maneiras
e um vazio preenche nossos corações.
Todos falam de ajuda e solidariedade
ninguém dá a própria mão
já não se respeita a terceira idade
apenas quando dentro dum caixão.
Aprende-se a mentir e a roubar
e a culpa morre sempre solteira
banalisou-se a palavra amar
dizendo-o da boca para fora e de qualquer maneira.
São os vícios deste planeta
alcoól, droga, tabaco e jogo
que fazem de ti marioneta
e retiram alimento ao nosso povo.
Enxerga-se a poeira em olhos alheios
mas não as traves nos nossos
atingem-se objectivos sem olhar a meios
desenterram-se pedras e encontram-se ossos.
A economia mundial estagnou
zangam-se amigos e familiares
o desemprego aumentou
e destruiu muitos lares.
Luanova

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